quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tô pensando em fugir. Sorrir, fingir, cair...sacodir a poeira e dar a volta por cima.
Tô pensando em uma forma de desembalar meus sonhos - que foram carinhosamente embalados em sacos de lixo. Para ver se algum deles ainda compensa ou se foram todos vendidos e esquecidos como tantas outras coisas.
Preciso de uma estante maior, ou, de uma lixeira maior. Apesar de desfeitos meus sonhos merecem um lugar para repousar. E andam tão espremidinhos nesses sacos pretos...
Pensando melhor, eu só queria mesmo é um cesto grande para abrigar todos esses frutos podres que venho colhendo. Frutos de minhas próprias escolhas, sempre erradas.
Frutos que não param de brotar. Que cheiram mal e me tiram o sono por não saber onde deixa-los. Por não saber ao certo o que fazer com eles, ou o que fazer comigo.
É difícil pensar em voltar atrás sem saber onde começa a estrada da volta.
Mais difícil ainda voltar atrás sem sujar o próprio sapato com a terra da plantação que até pouco tempo fazia tanto sentido...rendia tantos e tantos frutos da melhor qualidade.

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